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Muito além dos likes

Escrito por admin -

Vendas pelas redes sociais tiveram grande crescimento nos últimos anos. É importante, no entanto, ficar atento às armadilhas do mundo digital.

Junte-se a eles. De acordo com a pesquisa da International Data Corporation (IDC), realizada, em 2022, a pedido da Infobip, mais de 80% dos varejistas utilizam as redes sociais para vender produtos e serviços. Já há algumas edições da revista Pellegrino, nossa consultora, Fernanda Nascimento, usa o seu espaço da coluna Mão na Roda para incentivar os lojistas a manterem uma boa presença no mundo digital, equilibrando o seu esforço de vendas entre a loja física e as páginas virtuais. Afinal, hoje em dia, assumir um perfil low profile no mundo dos negócios é bastante arriscado. Para a consultora do Sebrae-SP, Roberta Sodré, é imprescindível as empresas estarem presentes nas redes sociais.

“Independentemente da área de atuação, seja atacado, seja varejo ou atacarejo, não tem escapatória. É até uma forma de validação do negócio pelo cliente”, diz. Um levantamento realizado pelo Sebrae, mostra que o WhatsApp, o Instagram e o Facebook são as principais ferramentas de comunicação dos pequenos empresários. Roberta explica, no entanto, que quando se fala em marketing digital, o primeiro passo para se destacar dos concorrentes é aplicar o Search Engine Optimization (SEO). “Praticamente, todas as pessoas utilizam a internet como a primeira etapa do processo de compras”, conta a consultora. Daí a importância de colocar as páginas do site da empresa nos primeiros lugares das plataformas de pesquisa. No Google, por exemplo, os cinco primeiros resultados apresentados recebem 67% de todos os cliques.

Planeje o seu conteúdo

SEO, engajamento, funil de vendas, persona, leads. Não faz ideia do que esses termos significam? Fique com a #dica da Roberta: “Os empresários precisam entender pelo menos o básico de marketing digital. Se o seu comércio não tem ninguém qualificado para lidar com

as redes sociais, é preciso encontrar – ou treinar – essa pessoa”. Para cada mídia, uma estratégia. Elas têm pesos distintos para o seu negócio. “Uma lista de transmissão no WhatsApp, por exemplo, é um re- curso que utilizamos para lidar com quem é mais próximo ou já é cliente da empresa; por isso, as mensagens podem ser mais personalizadas”, explica a consultora do Sebrae.

Quando falamos de conteúdo para Facebook e Instagram, a dica é ir muito além de ofertas, mostrando a qualidade dos produtos e serviços, a história da empresa, os bastido- res, os processos de produção, as histórias sobre os proprietários e os colaboradores, entre outros posts com uma pegada mais humanizada.

Nessas redes, fique atento ainda à “bio”, que tem que ser objetiva e informativa, e aos links de contato. Praticidade e agilidade são fundamentais em se tratando de redes sociais.

Tanto Facebook quanto Instagram permitem que sejam realiza- dos relatórios de monitoramento sobre o engajamento do público nas publicações. “A análise das métricas tem o papel de ajudar a desenvolver novas estratégias no ambiente digi- tal”, conta Roberta. Lembre-se ainda de que uma das maneiras mais efetivas de gerar leads e aumentar as vendas on-line é investindo em conteúdo patrocinado.

Entre os erros mais comuns cometidos por perfis empresariais nas redes sociais está a falta de regulari- dade na produção, na publicação e no compartilhamento de conteúdo. Sem regularidade, é difícil alcançar os resultados desejados.

PRESENTE!
A Injecar Centro Automotivo, em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, percebeu ainda na pandemia a importância de investir nas redes sociais.
Atuando ativamente em Facebook, Instagram e WhatsApp, o proprietário, Geovanei Ferreira de Oliveira, conta que, além das vendas on-line aumentarem, a
comunicação com o cliente ficou muito mais fácil e ágil.
“Nós mandamos o orçamento pelo WhatsApp, e o cliente responde por lá mesmo. É uma via de mão dupla que facilitou o nosso dia a dia”, diz Geovanei. Ainda no WhatsApp, existe uma lista de transmissão, em que são

divulgados produtos, ofertas e novos serviços.
No Instagram da Injecar (@injecar_sgo), os posts mesclam um conteúdo técnico com o dia a dia da loja, dicas e promoções.
“Nós apostamos no tráfego pago para ampliar o nosso alcance”, explica o empresário.
Outra ferramenta que Geovanei recomenda é o Google Meu Negócio, plataforma que permite o cadastramento da empresa e de informações relativas a ela no site de busca. “É legal porque você recebe nota, e os clientes podem deixar feedback do atendimento recebido, o que acaba funcionando como uma propaganda para o seu comércio”, avalia.

Quem está na chuva

A exposição gerada pelas redes sociais é um dos fatores que afasta empresas do mundo virtual. Afinal, os internautas ao mesmo tempo que consomem também produ- zem conteúdo. A voz do cliente ganhou força, o que pode ser um problema, quando sua opinião ou seu posicionamento expõe a marca de maneira negativa. Para Roberta, no entanto, esse não é um argumento válido para as empresas se esquivarem de colocar no ar suas personas virtuais.

“Críticas irão acontecer, quer seja na rede social, quer seja fora dela. Mas, quando se tem conhecimento da reclamação, você ganha propriedade para resolvê-la”, explica a consultora. “O fato é que as redes precisam ser sempre monitoradas. Recebeu um comentário indesejado? OK! Acolha o erro e responda x rápido – de forma tanto privada quanto pública.

Aliás, nem sempre a crítica vai ter procedência, e você tem a oportunidade de mostrar o seu lado da história também”, diz.

Outra questão difícil quando o assunto é rede social: funcionários que falam mal das empresas onde trabalham. “Aí já é uma questão de RH, de gestão de pessoas. Colaborador tem que ser apoiador da empresa, então, por que ele está reclamando publicamente? O diálogo é fundamental para contornar essas situações de crise”, aconselha a consultora.

E monitorar o que o funcionário está fazendo no seu celular durante o expediente, pode? Segundo Roberta, proibir ou ficar vigiando é bastante complicado. “Se o colaborador tem um trabalho em que ele não pode se distrair de jeito nenhum, ficar longe do celular é necessário. Mas eu acredito que, na maioria das situações, proibir o celular só vai gerar ansiedade na pessoa. Meu conselho é chamar para uma conversa se acontecer uma queda de produtividade ou então no objetivo de metas do trabalhador”, finaliza.

SAIBA MAIS
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