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MARKETING, CELEIRO DA IA GENERATIVA

Escrito por admin -

Por Fernanda Nascimento

Sócia-fundadora da Stratlab e especialista em marketing digital.

Embora a inteligência artificial (IA) esteja presente  na indústria desde meados do século passado, a versão  generativa dessa tecnologia ainda engatinha e é tema de  debates para entender e definir a sua melhor utilização.

Além de questões técnicas, como falhas operacionais,  empresas e órgãos públicos buscam definir regulamen­tações de uso para não transgredir direitos autorais,  expor dados pessoais ou ferir questões morais e éticas.

Conforme dados do Gartner Business Quarterly 2023,  atualmente, apenas 10% das empresas entrevistadas  pela consultoria estão à margem de qualquer tipo de  uso de IA generativa. Por outro lado, 4% dos altos exe­cutivos afirmam já fazer uso contínuo da tecnologia,  15% têm programas-piloto em andamento e 70% estão  na fase de avaliação e estudo.

No marketing de varejo, a IA já vem auxiliando as  atividades repetitivas, automatizando operações, mensu­rando resultados e melhorando a produtividade. O  setor  se beneficia dessas ferramentas digitais para otimizar  campanhas nas redes sociais, agilizar o atendimento  dos clientes e alimentar bases de dados, por exemplo.

Mas esse é só o começo. A tendência é que as fer­ramentas de autoaprendizagem não apenas realizem  trabalhos operacionais, como ofereçam insights e  informações de alto valor agregado para incentivar a  criatividade, auxiliar na construção de estratégias de  comunicação e ajudar na tomada de decisões.

Vale ressaltar que, ao falar de marketing, estamos  considerando também as áreas diretamente relaciona­das a ele, como vendas e atendimento ao cliente. Nesses  setores, a IA generativa é imprescindível para elevar o  desempenho de resultados, fortalecer relacionamentos  comerciais e direcionar a experiência do consumidor.

Apostando em IA

Se a pesquisa do Gartner ainda mostra uma adesão  cuidadosa sob o ponto de vista da alta gerência executi­va, um estudo realizado pela Morning Consult e o Canva  aponta que, globalmente, 75% dos líderes de marketing  já adotam a IA em suas rotinas, sendo que 69% acreditam  que ela é essencial para aumentar a criatividade e 80%  concordam que as ferramentas generativas são úteis  para a realização de tarefas repetitivas que não exigem  interferência do senso analítico humano.

Esses dados coincidem com um relatório publicado  no início deste semestre pela McKinsey. De acordo com  a publicação, marketing é uma das principais áreas de  uso de IA nas organizações. Mas como apostar em IA  generativa nos nossos negócios? Para definir o uso de  ferramentas inteligentes, precisamos entender antes as  necessidades do negócio e ter claro quais são os obje­tivos comerciais, como as aplicações listadas abaixo.

Identificar clientes de alto valor: por meio do uso de  algoritmos e da análise de dados, a tecnologia pode classi­ficar os clientes seguindo padrões definidos, como tíquete  de consumo, ciclo de compra e potencial de crescimento;

Segmentar clientes: quando parametrizamos e  selecionamos perfis, podemos criar campanhas de  marketing personalizadas e eficientes;

Prever vendas e estoque: essa é uma opção inte­ressante para quem atua no ambiente digital e costuma  investir em anúncios e marketplace de terceiros;

Conteúdo criativo: a originalidade da comunicação  é uma função extremamente humana, mas isso não  quer dizer que a tecnologia não possa ajudar. Com a  inteligência artificial, é possível adequar a mensagem  ao público-alvo, aumentando o engajamento.

Essas são só algumas possibilidades oferecidas pela

IA generativa. Acompanhar essas mudanças é funda­mental para não ficar atrás da concorrência. 

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