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Vendas em alta velocidade

Escrito por admin -

Mais fácil, lucrativa e conveniente, a comercialização de peças on-line ajuda na ampliação dos negócios da sua empresa.

Ele começou meio tímido. Alguns tinham medo do seu jeitinho moderno. Diziam: “Prefiro não arriscar”. Mas, aos poucos, foi conquistando até os mais resistentes, e, hoje em dia, o e commerce movimenta bilhões de reais todos os anos somente aqui no Brasil, e podemos dizer, inclusive, que mudou o hábito de o brasileiro comprar.

De acordo com o jornal The New York Times, a primeira transação totalmente on-line utilizando transferência de dinheiro foi feita pelo site NetMarket no dia 11 de agosto de 1994: foi a venda de um CD do cantor britânico Sting.

Como podemos perceber, a história do comércio eletrônico é bastante recente. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o e-commerce brasileiro movimentou cerca de R$ 450 bilhões entre 2019 e 2022. O valor é mais que o dobro do acumulado entre os anos de 2016 e 2019.

“Hoje em dia, a jornada de compra da maioria das pessoas passa pela internet, e isso independe do tipo de produto que ela vai comprar. Daí a importância de expandir a presença  virtual do seu negócio”, explica Vi­nicius Guimarães, gerente executivo  de Marketing e Comercial da Tray,  plataforma de e-commerce que permi­te a criação de lojas personalizadas.

Falando especificamente so­bre vendas on-line de autopeças,  Guimarães diz que esse é um setor  ainda pouco explorado no país,  apesar do alto potencial de vendas.

“É um segmento que não sofre tanta  oscilação, sem falar que, quando  o mercado retrai, ele tende a ir na  contramão”, analisa.  

Marketplace ou loja virtual?

A boa notícia é que, atualmen­te, montar um e-commerce não é  nenhum bicho de sete cabeças. Se  ter um loja on-line faz parte do seu  plano de negócios, existem diversas  plataformas que ajudam a dar esse  primeiro passo. “Eu indico estudar  o mercado. Entre no Mercado Livre,  entenda como os seus concorren­tes anunciam, veja as perguntas e reclamações dos clientes, pesquise os canais de venda”, aconselha o gerente da Tray.

Aliás, quando falamos de canais de venda, existem duas possibilidades: marketplace ou loja virtual própria. O marketplace é o local onde vendem-se diversos produtos de vários lojistas, como Mercado Livre, Magazine Luiza ou Americanas. Já o e-commerce próprio significa ter um site que disponibiliza mercadorias de um único lojista.

Afinal, qual escolher? O especialista em e-commerce do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Eder Max, orienta: “É necessário avaliar as vantagens e os riscos de cada modelo e, então, selecionar a melhor opção para iniciar suas vendas”. Por exemplo, nos marketplaces, a visibilidade de um produto é muito maior do que em uma loja virtual exclusiva da marca, e, para quem está começando, essa é uma grande vantagem.

“Ao mesmo tempo, há uma série de taxas, regras e burocracias para os vendedores”, destaca. Existe ainda a possibilidade de utilizar os dois canais ao mesmo tempo. “Você pode começar no marketplace para aprender o jogo e, se o projeto crescer, migrar para uma plataforma e montar a sua loja exclusiva”, explica o consultor do Sebrae. Guimarães concorda: “Meu conselho é se consolidar em um dos canais e depois ir para o próximo. Precisa ter um foco principal”.

Guimarães: “Escolha um bom canal de vendas, use fotos legais, responda rápido os seus clientes, esteja presente nas redes sociais com posts interessantes”

Físico x digital

Ninguém abre um e-commerce para ficar no zero a zero. O lucro só vem se a precificação dos produtos for realizada da maneira correta. Quando a loja física já existe, fica mais fácil colocar preço nos itens que serão vendidos on-line. De qualquer maneira, esse é um dos principais pontos de atenção para quem vai se arriscar no comércio eletrônico Marcela Orlandi, gerente sênior  de Customer Success, da Nuvem­-shop, plataforma de e-commerce  com foco em empreendedores e  pequenos e médios empresários,  explica que a política de preços no  ambiente virtual e físico não precisa  necessariamente ser a mesma. “A  diferença dos preços depende de  vários fatores. Entretanto, é essen­cial ser transparente com o cliente,  favorecendo a fidelização em futu­ras compras”, afirma. “Mensurar a  eficiência dessa estratégia vai ajudar  a acompanhar o desempenho e a res­posta dos clientes para ajustar o mé­todo quando necessário”, completa.

Outra boa sugestão para lojas  físicas que têm e-commerce é unir  estratégias das duas para vender.

“Dar um cupom de desconto para  o cliente que comprou na loja física  posteriormente utilizar no site pode  ser interessante”, conta Marcela.

Já Max reforça a importância de  integrar os estoques das lojas, simpli­ficando a rotina da empresa e mini­mizando riscos de furos e produtos  encalhados. “Um software de gestão  resolve esse problema”, destaca.

O consultor do Sebrae ainda  faz uma ressalva, lembrando que  é importante ficar atento sobre as  diferenças entre as regras na venda  física e na virtual. “O cliente no  e-commerce, por exemplo, tem o  direito de simplesmente cancelar  a compra em até sete dias, e aí é a  loja que vai arcar com o prejuízo.”

Cai quem quer?

Um dos principais temores de  quem decide negociar no mundo  eletrônico, tanto como vendedor  quanto como cliente, são os golpes  virtuais. Ao mesmo tempo em que eles aumentam de proporção e se  tornam cada mais complexos para  serem detectados, as empresas ado­tam estratégias e ferramentas para  elevar a proteção.

“O empreendedor precisa ter co­nhecimento e instruir seus funcioná­rios, alertando sobre links de spam,  ligações fraudulentas e estornos de pagamentos. Nenhuma empresa  irá solicitar dados de login e senha  da plataforma da loja – a melhor  medida em situações como essa é  ignorar e bloquear o remetente”,  alerta Marcela.

Além disso, os dados devem ser  bem armazenados, principalmente  o acesso da loja com autenticação  de dois fatores. Ainda é necessário  estar atento a qualquer tentativa de  login não reconhecida, garantindo  aos compradores a segurança de  suas informações. “Certifique-se de  utilizar uma plataforma de loja virtu­al confiável, com medidas de segu­rança e que ofereça opções para au­xiliar situações de possíveis golpes.

Recomendo também trabalhar com  meios de pagamento reconhecidos  no mercado e jamais despachar os  produtos sem ter a confirmação  do pedido e do pagamento”, diz a  gerente da Nuvemshop.

Marcela: “Jamais despache os produtos
sem a confirmação de pagamento”

Devagar se vai ao longe

Algumas dicas práticas irão te ajudar no sucesso do seu e­commerce. Max orienta utilizar um nome simples na loja, que seja fácil de escrever. Diz também que é importante renomear as fotos dos produtos que irão para o site. Dessa maneira, os arquivos entram no radar do Google Imagens, aumen­tando o tráfego da loja.

A descrição do produto na plataforma também merece aten­ção. Simplesmente copiar e colar  as informações do fabricante não  é interessante para atrair o seu  público-alvo. “Lembre-se ainda de  oferecer todos os dados possíveis do  item para o consumidor, assim ele  não vai ter nenhuma dúvida de que  aquele produto vai ser ideal para o  veículo dele”, diz Max.

Já Guimaraes orienta focar o básico bem-feito. “No comércio virtual, existem um milhão de coisas  que podem ser feitas. Então, para  quem está começando, priorizar o  básico é o mais importante. Escolha  um bom canal de vendas, use fotos  legais, responda rápido os seus  clientes, esteja presente nas redes sociais com posts interessantes.” Investir no Google Meu Negócio, em estratégias de SEO (sigla  em inglês para o termo otimização  de mecanismos de pesquisa) e em  posts patrocinados ajuda a melhorar  o tráfego na sua loja. “As pessoas  precisam saber que você existe.

Ninguém compra nada de quem não conhece”, emenda Max.

SAIBA MAIS

EDER MAX (SEBRAE) sebrae.com.br  edermax.com.br

VINICIUS GUIMARÃES (TRAY) tray.com.br

MARCELA ORLANDI (NUVEMSHOP nuvemshop.com.br

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