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Educação financeira: benefício essencial

Escrito por admin -

O endividamento afeta 76,6% das famílias brasileiras e envolve dívidas em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações de carro e da casa. A diminuição de 0,5% no número de devedores em novembro, comparativamente ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pode ser atribuída à abertura de vagas de emprego no fim de ano e ao maior volume de renegociações.

Na faixa de renda média de cinco a 10 salários mínimos, porém, o número de endividados aumentou, e o grande vilão, claro, continua sendo o cartão de crédito, atingindo 87,7% dos devedores. Já aqueles que ganham até três salários mínimos têm o maior percentual de dívidas em atraso (36,6%), que comprometem 31,9% de sua renda.

O endividamento afeta 76,6% das famílias brasileiras e envolve dívidas em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações de carro e da casa. A diminuição de 0,5% no número de devedores em novembro, comparativamente ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pode ser atribuída à abertura de vagas de emprego no fim de ano e ao maior volume de renegociações.

Na faixa de renda média de cinco a 10 salários mínimos, porém, o número de endividados aumentou, e o grande vilão, claro, continua sendo o cartão de crédito, atingindo 87,7% dos devedores. Já aqueles que ganham até três salários mínimos têm o maior percentual de dívidas em atraso (36,6%), que comprometem 31,9% de sua renda.

O endividamento não é comum apenas nas classes sociais menos favorecidas.

Segundo Ricardo Hiraki Maila, CEO e cofundador da Plano, fintech de educação financeira, a inadimplência acontece em todas as faixas de renda e níveis sociais, só que as mais baixas têm menos alternativas para se reequilibrar, com acesso restrito ao crédito. Ou seja, independentemente de quanto recurso a pessoa tenha, seja salário, seja receita ou crédito, o problema é a falta de gestão e planejamento. Um traço comum entre os mais de 40 mil atendidos nos cursos de educação financeira da Plano é a desorganização e o endividamento. Mais de 80% deles não sabem o quanto ganham nem quanto gastam ao longo do mês, o que gera problemas sob o ponto de vista de consumo, especialmente com o cartão de crédito. “A pessoa não sabe o quanto pode desembolsar por mês dentro do orçamento familiar e acaba passando do limite, o que é muito delicado, pois para quitar essa dívida se vale do cheque especial,  do rotativo ou do parcelamento  das compras. Posteriormente, para  cobrir esse rombo, contrata crédito  pessoal e entra no que chamamos  de inércia financeira, ou seja, num  círculo vicioso”, diz o especialista.

Efeitos colaterais

A saúde financeira impacta dire­tamente a saúde mental e física, que  por sua vez se reflete no cotidiano  profissional. Segundo estudos do  Kantar Ibope, 74% das pessoas sen­tem que as suas finanças afetam a  sua saúde mental, enquanto 81%  relatam sintomas físicos causados  por preocupações com dívidas,  incluindo ansiedade e depressão  – esses efeitos negativos afetam di­retamente o ambiente de trabalho.

Em um cenário de superendi­vidamento, o foco da pessoa é a  resolução do problema, o que ine­vitavelmente impacta o seu desem­penho profissional. Some-se a isso as  alterações de humor e a irritabilida­de, que, por sua vez, podem minar as relações interpessoais – em situa­ções extremas, tais desdobramentos  podem até culminar em demissões.

Muitos enfrentam esse desafio  sozinhos, sem pedir ajuda, pois  acreditam que podem superar a  situação por conta própria. Mas há,  também, aqueles que se calam por  vergonha, sentimento que acompa­nha a maioria dos endividados. Em  um universo em que ter dinheiro é  sinônimo de sucesso, a falta dele é  a pá de cal na autoestima e na au­toconfiança, e admitir a dificuldade  em lidar com a situação, ainda que  para buscar saídas, não é nada fácil.

É aí que a empresa pode ajudar.

Segundo Maila, percalços finan­ceiros estão entre os problemas  mais relevantes relatados pelos co­laboradores em pesquisas internas  nas organizações. E, na busca pela  saúde integral, cuidar do emocional  é essencial, afirma o especialista,  destacando a tendência, de cerca de  três anos para cá, de agregar a edu­cação financeira ao rol de benefícios  oferecidos pela corporação. “Isso  ajuda a aumentar a produtividade e  a reduzir a ansiedade, as demandas por aumentos de salário, o absente­ísmo e a rotatividade.”

A partir do momento em que os  funcionários eliminam problemas  financeiros e aprendem a gerir o  seu dinheiro, eles ficam mais com­prometidos com a organização, e o  fato de a iniciativa ter partido do em­pregador resulta em maior retenção  de talentos, já que os colaboradores  reconhecem a preocupação da em­presa com o seu bem-estar.

Ensinar a utilizar ferramentas  para controlar entradas e saídas de  dinheiro, evitando armadilhas como  “parcelamentos sem juros” ou dívi­das no cartão de crédito que podem  levar a obrigações futuras não previs­tas, ajuda a aprimorar habilidades de  administração de recursos.

Mas o benefício não termina aí.

A educação financeira é um meca­nismo para o autoconhecimento e  a tomada de decisões e ainda ajuda  o indivíduo a refletir sobre as suas  necessidades e escolhas, a planejar e  a alcançar metas. Seja para objetivos  de curto prazo, seja para objetivos  de longo prazo, como pagar dívidas,  economizar para uma viagem ou ga­rantir uma aposentadoria tranquila,  um planejamento financeiro adequa­do é fundamental e essencial para  tomar decisões mais estratégicas.

O consumidor “educado finan­ceiramente” só compra o que pode  pagar. Com baixos níveis de inadim­plência no país, fica mais fácil obter  crédito no sistema bancário, há  mais emprego e renda, a economia  gira e todos saem ganhando.

PRA NÃO ERRAR

ESTABELEÇA UM  ORÇAMENTO REALISTA

O orçamento é um mapa que  direciona suas finanças, oferece  uma visão clara de sua renda  e suas despesas e permite o  planejamento de gastos futuros. Sem um orçamento, você está  navegando às cegas, correndo  o risco de gastar mais do que  pode pagar.

GASTE MENOS DO QUE GANHA

Viver acima de suas possibilidades é um erro  que pode levar rapidamente  a dívidas insustentáveis. A facilidade de obter empréstimos  e de usar os cartões de crédito  pode mascarar a realidade de gastar mais do que você ganha.

ENCARE AS DÍVIDAS DE FRENTE

Se não for gerenciada, a dívida  pode se acumular rapidamente. Encare as dívidas de frente, crie um plano de pagamento e, se  possível, considere consolidá-las  em um único empréstimo com taxa de juros mais baixas.

TENHA UMA RESERVA  DE EMERGÊNCIA

Imprevistos podem acontecer  a qualquer momento. Não ter  um fundo de emergência para lidar com despesas inesperadas, como problemas de saúde,  perda de emprego ou reparos  domésticos, pode prejudicar suas finanças. Economizar de  três a seis meses de despesas é  um passo crucial para garantir  que você esteja preparado para  qualquer eventualidade.

INVISTA

Não investir significa perder  oportunidades de crescimento  financeiro. Começar a investir cedo permite que o poder dos  juros compostos trabalhe a  seu favor, criando um caminho  mais sólido para atingir metas financeiras, como a aposentadoria ou a compra da  casa própria.

DIVERSIFIQUE

Concentrar todos os investimentos em uma  única área é arriscado. A diversificação é a chave para minimizar riscos e maximizar oportunidades de retorno. Distribuir seus investimentos em diferentes classes de ativos, como ações, títulos e fundos mútuos, pode ajudar a construir um portfólio mais equilibrado.

PLANEJE A APOSENTADORIA

A aposentadoria é uma fase da vida que exige um planejamento cuidadoso. Deixá-lo para mais tarde pode reduzir significativamente suas opções e segurança financeira futura.

APROVEITE OS BENEFÍCIOS DO EMPREGO

Muitas empresas oferecem benefícios valiosos, como planos de aposentadoria, seguro de saúde e treinamentos sobre educação financeira. Não aproveitar esses benefícios  pode significar perder oportunidades importantes  para economizar e investir.

NÃO CEDA À PRESSÃO SOCIAL

A pressão social pode levar a decisões financeiras impulsivas e prejudicar suas finanças. Priorize suas metas financeiras pessoais e não se deixe influenciar por tendências passageiras.

ATUALIZE SEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Revise e ajuste seu planejamento regularmente para permanecer alinhado com suas necessidades atuais.

PEÇA AJUDA

Quando se trata de finanças, buscar ajuda de um planejador financeiro é um sinal de inteligência, não de fraqueza. Se você está enfrentando desafios financeiros, um profissional da área pode fornecer orientações personalizadas para tomar decisões eficazes. Ao evitar erros financeiros, você pode construir um futuro sólido e alcançar suas metas com confiança e segurança. Lembre-se: aprender com os erros é um passo crucial para o sucesso.

SAIBA MAIS
RICARDO HIRAKI MAILA (PLANO)
planofp.com.br
11 99942-3416

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